terça-feira, 15 de janeiro de 2013

CUSTO DE VIDA


Carlos Eduardo Heinig.

Sete, oito degraus descascados...
Plausível argumento aos aleijados.
Quero corromper minha lata de azeite,
Inominá-la com o vidro do legume:
A maior maldição é a conserva.

Arauto comprimentos dos olhos;
Rasgar cortinas ao meio dia, o que é isso?

Que movimento louco
E que artimanha azeda!
Iluminurias no forro quebrantado...
Falos esculpidos em rochas
E fanáticas mulheres de vidro
Quem pode me esgotar a pólvora
E transformar cana em garapa?

E quem pode me dizer
O que o casal do lado fala de mim?

15 de janeiro de 2013.


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

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(Carlos Eduardo Heinig)


É a pesada esquina
que me comove
E me esfria nos lados esquerdos do dia...
Naquilo escuro e próprio e musguento
É naquilo que me amorfo,
É naquilo que explode as faixas da noite.

Que cacho de uvas!
Que cuspe bem feito!
Acomoda dois quartos
de peixes numa caixa
que não é de peixes.

Sumam os ridículos,
fujam os atentados
Descasquem fio de poste,
Vende o cobre,
Mas não vendo o plástico
que ele não é víscera.

10 de janeiro de 2013.