A JAZIDA DE LIMÃO
(Carlos Eduardo Heinig)
Tu que foste minha caricatura por tantos anos,
Por que me dispensar agora?
Por que desfazer a inimizade?
E laçar os peixes com favas de baunilha.
Não te entendo...
Abençoa os clipes de papel
E dê aos mendigos para eles,
Para que afaguem um metal vil.
O metal dos meus estômagos
Espalhados pelos dedos.
Tu foste minha amora...
Te mordi e os lábios logo vermelhos
Foram frapês de amianto.
E caucasianos azedos
Nos guetos estendidos por brita
A brita fresca dos teus peitos,
E os cânceres dos teus brincos.
14 de setembro de 2012.
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