terça-feira, 4 de dezembro de 2012


UM DEDAL

Até quando você vai esconder a cesta?
Romper esses rumores e ameaçar minha crias
Com salitre e novelas?
Tudo mais é aceitável...
Menos o auxílio ao crespo.
Forámens encrispados
E riscos nos vidros ensopados.

Sua audiência abissal:
Gritando valores de feira,
Preço de tomate e alecrim...
O tomate é nosso!
É a fuga verbal.
Venha comigo mestre...!
Alcance a calculadora,
Limpe a vidraça,
Pode o bonsai...
Mas o tomate é nosso

E quero que venhas comigo
Aferir minha pressão
Consultar a lente dos óculos
E ver a acunpuntura do chacra invertido.
Ao cimento e à poeira:
Um pronome heteroafável:
Um conjunto vazio e uma esfera antropocentrista.
E uma pedra filosofal.
Aguarde na fila:
Opere um milagre,
Enfrente o agiota,
Dissolva a queratina
E quero que venhas comigo!
A grande ausência do pigarro
Faculdades mentais atrevidas
E provérbios incinerados
Num aquário geopolítico.
Perfeitamente:
A ternura equivocada
O despeito ambulante
A floresta florista
E os alqueires dissimulados
Com bancarrotas afastadas.
Eu quero que venhas comigo
Sem ameaças e cabelos compridos
Por cima dos ombros...
E sapatos grandes para andar desajeitado
Numa parábola dissonante ao erro mediado
E meritocracia às avessas do comer...
Chefe-mestre... mercado consumidor 01.
Esbofetear planilhas
E soluçar soluços alcançados
Por distintivos de bronze.
Agora não quero mais que
Venhas comigo.

04 – 12 – 2012

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