27
(Dionísio Odeli)
Eu paro no sentido avesso,
Recupero o jornal.
Ajoelho nesta poltrona.
E ouço, no Mali, os lisos colares.
Ouço trompetes sugeridos
E apertos de coxa.
Eu paro no cobertor, na pulseira,
No laico esqueleto, caído na gaveta
Faminto e arreganhando a cortina
E lambendo os rejuntes do piso.
Encontro na farpa na janela,
Crio lixas de unha
Bancas de rosto, de revista e
Lato, voltando lado certo.
17 de março de 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário