domingo, 17 de março de 2013


27

(Dionísio Odeli)

Eu paro no sentido avesso,
Recupero o jornal.
Ajoelho nesta poltrona.
E ouço, no Mali, os lisos colares.
Ouço trompetes sugeridos
E apertos de coxa.

Eu paro no cobertor, na pulseira,
No laico esqueleto, caído na gaveta
Faminto e arreganhando a cortina
E lambendo os rejuntes do piso.

Encontro na farpa na janela,
Crio lixas de unha
Bancas de rosto, de revista e
Lato, voltando lado certo.

17 de março de 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário