terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O ROUBO

Me levaram dois milheiros de telhas...
Três barras de ferro
E um coração pulsante
Que foi furando na caixa de isopor.

Ele pulava na caixa fria.
Me levaram, não.
Ela! Moça dos olhos de mel.
Moça ladra de amor, tão sedutora.

Acende charutos e cigarrilhas
Que são um ponto luminoso na escuridão
É o seu símbolo, depois da noitada
Depois de toda ação.

Veste uma saia curta,
Com poucos brilhos,
Mas muitas lantejoulas
Que roubaste em algum lugar.

Mas, mais trágico que o roubo do meu amor
Mais trágico que o fim de minha morte,
Mais trágico que um terremoto
É tu ires embora, sem dizer adeus.

Escrito a 27 de maio de 2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário