domingo, 4 de dezembro de 2011

POESIA DE JORNAL III

SONETO II

Rosas murchas sobre minha mesa
Cheiro de suor e veneno,
Ossos de humano, calor ameno,
Licor e cálices cheirando à cereja.

Um caderno cheio de chatices,
"Noites Brancas" noutro canto,
Fiódor não entende o meu pranto,
Vive me dizendo tolices.

Cadernos pequenos e coloridos e pautas,
Folhas secas na toalha acompanhando meu tinteiro,
Suave é a noite, suaves são as flautas.

Tubo de cola e uma forma qualquer, um candeeiro,
Luzes e santos de branco, santa a cruz de Malta
Minha mesa guarda tudo, menos seu coração e dinheiro.

Publicado a 05 de outubro de 2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário