SONETO II
Rosas murchas sobre minha mesa
Cheiro de suor e veneno,
Ossos de humano, calor ameno,
Licor e cálices cheirando à cereja.
Um caderno cheio de chatices,
"Noites Brancas" noutro canto,
Fiódor não entende o meu pranto,
Vive me dizendo tolices.
Cadernos pequenos e coloridos e pautas,
Folhas secas na toalha acompanhando meu tinteiro,
Suave é a noite, suaves são as flautas.
Tubo de cola e uma forma qualquer, um candeeiro,
Luzes e santos de branco, santa a cruz de Malta
Minha mesa guarda tudo, menos seu coração e dinheiro.
Publicado a 05 de outubro de 2010
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