Abaixo segue um poemas escrito por mim e publicado num jornal da minha região:
ILUSÃO
Senti o gosto amargo da injustiça,
Que somente o tolo sente,
No peito,
Que o tempo termina em uma missa,
Demonstrando um fato ou feito.
Senti o gosto amargo da solidão,
Gosto que ainda está em minha boca,
Que vai estourando como bolinha de sabão,
Quando os dedos magros da menina toca.
Senti o gosto amargo da tristeza,
Me reprimo como se fosse verdade,
Que tira do amor toda sua beleza,
Porque hoje não sei o que é felicidade.
Senti o gosto amargo do virar de rostos,
Que de costas ficam a mim,
Com desprezo,
E assim mantém os seus gostos,
E saem da guerra ilesos.
Senti o gosto amargo da enganação,
Um gosto persistente em meus lábios,
Que corta os dentes,
Furando o coração
Tão duro, desprovido de ressábios.
Sabe, tudo é inútil a civilização.
O menosprezo é honra, é prêmio,
é ouro.
Porém o mundo, fora de mim é duradouro,
Porque hoje senti o gosto amargo da ilusão.
Publicado a 12 de setembro de 2008.
Carlos...
ResponderExcluirQue bom saber que um dos meus ex-alunos continua fiel à poesia, esta palavra viva, que seduz e não mais nos abandona.
Prisioneiros da poesia somos e livres para falar o que desejarmos.
Terrível paradoxo!
Gostei.
Parabéns!